Raiva, Dor, Lágrimas e Incertezas...

Este texto hoje..

É uma espécie de déjà vu...

Para quem sabe e conhece um pouco mais de mim, sabe que tive um outro blog, e exactamente à dois anos atrás, dia 24 de Dezembro, a receber um telefonema que me deixou na merda...
Fez-me chorar, de raiva, dor e incertezas...
Tudo em consequência de factos antigos que ainda hoje, felizmente ou infelizmente ainda se mantêm...
Felizmente,
porque devido a eles, me tenho tornado diferente...
Consigo enfrentar aqueles me apenas querem o meu mal, ou que não se preocupam com o meu bem estar...
Infelizmente,
porque devido a isso, não tenho podido ser eu.
Não tenho sido o pai que a minha filha merece e precisa...

Sou neste momento uma pessoa fraca, insegura e triste...

Voltando ao texto,
tudo isto acontece apenas por causa de uma pessoa.
Aquela pessoa que tem nome, pelo qual a deveria chamar, mas não o faço porque durante muitos anos me foi "apresentado" como pai.
Porque sinto que não me é nada mais senão neste momento uma pessoa que me procura quando precisa, que deixa de me falar e ainda é capaz de dizer que sou eu que me afasto...

Peço desculpa,
isto está confuso, acredito, mas nem imaginam como me está a custar escrever isto neste momento.
Apenas o faço, porque é nas palavras que consigo encontrar paz.

deixo aqui um link de um texto que não é novo, podem ver pela data, mas o seu contexto, é tão real, tão presente...

http://bbb.blogs.sapo.pt/27060.html

Não consegui meter nenhuma foto...
Pois podia meter 1000 e não conseguiria em todas elas demonstrar a minha raiva, dor e lágrimas...

Desculpem, esta deveria ser uma mensagem de natal, de boas festas, mas...

Livre...

Sinto que o céu se expandiu...

Ganhei asas e posso voar...

A vida toda à minha frente para ser vivida...

Sem barreiras...

Nada nem ninguém a prender-me...

Vivia preso em memórias...

Sufocado em esperanças...

É uma sensação agradável...

Sorrir...

Sorrir com vontade e liberdade...

Hoje posso mover-me,

Deslocar-me sem pressões...

Não sou mais um ponto em constante movimento debaixo de controlo....

SOU LIVRE...

Hoje recomeço a minha vida FELIZ,

mais do que nunca...

Se neste momento conseguisse transcrever a minha felicidade

em palavras, iria precisar de vários dias...

Nunca me senti tão feliz...

Desabafo...

Dou comigo por vezes a pensar no que não devo...

Merdas que antes me fizeram mal,

que não merecem sequer que me recorde delas...

O silêncio nestas alturas é terrivel...

Leva-me o pensamento para coisas tristes e parvas...

A solidão em que me costumo sentir bem,

magoa-me porque me faz recordar...

Dúvidas começam a pairar na minha cabeça...

Isolo-me e sofro por merdas sem sentido...

Convivo e em silêncio sofro por dentro e

não consigo estar ali, sendo eu...

Dou comigo a gritar para dentro,

estupidamente, ninguém me vai ouvir...

Terei de me escutar?

Que posso fazer se não me querem ouvir?

Que posso fazer se ninguém me pode ajudar?

Lamentar-me?

Não...

Viver...

Sobreviver...

Minha Lua...

Lua

Saio à rua...

Pontos de luz brilhantes

sob o fundo negro, denunciam a noite...

Noite calma sem frio nem chuva...

Uma brisa de ar leve corre acariciando o meu rosto...

Procuro-te no alto, onde no fundo negro,

rodeada de estrelas tu és rainha...

Vou vagueando pela cidade, procurando por ti...

Tentando fugir às nuvens que te possam esconder...

Ao longe ouço guitarras soltando leves acordes,

Acompanhando uma voz rouca e forte que liberta palavras tristes...

Palavras tristes, carregadas de sentimento, com alma...

Ouvir aquele fado da-me novo ânimo...

Regresso à minha caminhada sem direção, apenas com um sentido...

Encontrar-te...

Olhos postos no céu, tento ver por entre as nuvens...

Hoje não te vi...

Regresso ao silêncio do meu quarto...

Olho pela janela e falo-te:

"Estamos longe e ao mesmo tempo tão perto.

Hoje não te vi é verdade, mas sei que estás ai minha Lua..."

Abraço...

Tu e eu...

Eu e tu...

Dois corpos nus...

Ali frente a frente...

Olhos nos olhos...

Sem barreiras...

Sem escapes...

Um nervosismo...

A ânsia pelo primeiro passo...

Avanças tu?

Avanço eu?

Um piscar de olhos...

Um suspiro...

Quem cede?

Quem resiste mais?

Quero tocar-te...

Quero que me toques...

Esta "luta" torna o momento intenso...

Percorro todo o teu corpo com o olhar...

Com os lábios, falas-me palavras mudas...

Rendidos ao momento...

Um abraço...

Quente...

Terno...

Protetor...

Apertado...

O amor,

o afecto,

a ternura,

a cumplicidade à distância de um toque...

Porto de Abrigo...

Aquele espaço

onde nunca estive realmente....

Apenas alcançado

em sonhos e pensamentos...

Local carregado

de cor, alegria e serenidade...

Procuro por ele

mas não o encontro...

Pois é perfeito,

logo não existe...

Entranho-me nele

através do pensamento...

Vivo lá durante os sonhos...

O único sitio onde tenho paz,

sossego e silêncio...

O lugar onde me encontro...

Incerteza incerta...

A certeza de uma incerteza incerta sobre um passado recente receoso de um

futuro incerto afogado num presente nada certo sobre nada concreto que nos

leva a pensar se o pensamento não é apenas isso e nunca uma possibilidade

de realidade em que os sonhos são poeiras momentâneas de fragmentos

soltos da imaginação em que insistimos torna-los reais...

sem titulo

Sou um ser perdido na multidão...

Sozinho entre tantos...

Não me encontro...

Sinto-me sufocar no silêncio...

A loucura tenta tomar conta de mim...

Apalpo o vazio procurando uma saída...

Terei saída?

Onde estou...

Desespero...

As pernas fraquejam...

Sinto a dor tomar conta de mim...

A ânsia de liberdade luta contra o silêncio...

Socorro....

Queria...

Queria...

Aquele abraço que não demos...

Aquele beijo...

Em que os nossos lábios não se tocaram...

O toque...

Que não foi sentido pelo meu corpo no teu...

A palavra sussurrada ao ouvido...

Que não escutei...

A noite...

Que não chegou...

Aquele momento...

Que não tivemos...

Queria...

Queria ter-te...

Perdido e Achado...

Perco-me nas palavras...

As que escrevo no ar,

em pensamentos e sonhos...

Palavras mudas,

carregadas de sentido...

Molhadas pelas lágrimas derramadas

a pensar na dor...

Encontro-me...

No silêncio profundo...

Aquele que me grita conselhos

ensurdecerores...

Ser ou Não Ser...

Sou o que sou...

Tu és o que és...

Não sou porque és...

Não és porque sou...

Não serei por tu seres...

Não serás porque eu sou...

Serei porque sou...

Serás porque és...

Fui porque fui...

Foste porque foste...

Tristeza...

A tristeza invade-me...

Sinto-me enlouquecer...

Grito...

Solto a raiva em mim...

Dentro da minha cabeça, não à nada direito...

Um caos...

Confusão imensa e incerta...

Tristeza...

Loucura...

Raiva...

As lágrimas que escorrem pelo meu rosto,

são fracas e não conseguem levar a tristeza de mim...

Sinto-me fraco,

A desfalecer...

Quero desaparecer...

Fugir...

Começar do principio...

Só quero ser feliz...

SOCORROOOOOOOOOOOOOO...

Só quero poder sorrir de novo,

Com vontade e sentido...

Intensamente... Parte I

Ter-te deitada à minha frente

A tua pele suave pedindo que lhe toque

Teu doce cheiro chamando por mim,

Como um doce que chama uma criança

O teu rosto me sorrindo com aquele sorriso

maroto de "quero mais"...

Quero avançar, mas este momento é mágico e faz-me abrandar

O calor começa a invadir o meu corpo,

O coração palpita descontrolado

Sentes a minha excitação....

Rompo a barreira da hesitação e...

Toco-te...

Os meus dedos em ti, suavemente invadindo o teu espaço

Os meus lábios querem conhecer os teus,

Ao teu ouvido sussurro-te isso

Suspiras...

Lesntamente deslizo a minha face pela tua

Nossos lábios encontram-se superficialmente

Impasse...

Avanço,

Prolongo o momento

Observo-te...

Teus olhos "devoram-me"

Beijo-te sem demora e sem pressas

Teus lábios secos de desejo,

Molhados pela loucura

Sinto o teu corpo estremecer

Nossos braços entrelaçam-se,

Somos um só

Começo a descer pelo teu corpo,

conduzido pela lingua...

Ao ouvido, pedes-me que não pare

Intensifico a pressão do meu corpo sobre o teu

Agarras-te a mim, com unhas e dentes, pedindo que te possua...

Percorro o teu corpo com as minhas mãos,

Ardes em desejo

Minha lingua percorre agora o teu peito,

Delicio-me agora com os teus mamilos,

Rijos de prazer

Teus seios, enchem-me as mãos...

Agarras-me os cabelos,

Pressionas-me a cabeça contra o teu peito

Sinto o teu coração querer saltar fora

De intenso batimento...

Libertas-me...

Nossos lábios reencontram-se...

Continua...

Lua...

Lua,

De beleza imensa...

Sua luz,

Nem sempre presente mas intensa...

Luz que não aquece mas nos mantém quentes...

Luz que ilumina em profunda escuridão...

Lua cheia,

Lua bonita,

Lua por noite inteira...

Ao Ritmo Do Amor...

O teu rosto no meu peito, 

Aninhada em meus braços...

A tua respiração suave e tranquila...

O bater do teu coração ritmado...

A sensacção de proteção, 

A inocência do momento...

Poder estar ali, só tu e eu, 

O teu corpo contra o meu... 

Nossos corações juntos numa sinfonia completa, ritmada a um só compasso... 

Era só isto que queria...

Sem ti, limito-me a ouvir o coração cantando a solo...

Esperando por ti para um dueto...

Tu e eu, eu e tu, 

Cantando ao ritmo da felicidade, juntos em sintonia, 

Com o amor a nos manter afinados...

Tempo - parte II

O tempo... 

É apenas tempo...

Tempo que não temos... 

Tempo que desperdiçamos...

Tempo que tentamos comprar...

Tempo que perdemos em busca de mais tempo... 

 

É verdadeiro assumir que tempo é apenas tempo. 

Mas é esse tempo que nos faz ter tempo para as coisas belas da 

vida com que gastamos tempo. 

 

Tempo...

O tempo...

Imenso, 

espaçado,

incerto,

suficiente,

insuficiente,

rigoroso...

etc,

etc,

etc...

Vivemos no tempo,

pelo tempo,

sem tempo,

à procura de mais tempo,

sempre com receio de perder tempo...

Afinal, 

o tempo é apenas tempo...

Não conseguimos ganhar mais tempo,

Não podemos perder tempo...

Tempo é incerto, mas é sempre tempo...

Se temos 60 segundos de tempo, nunca podemos ganhar 

mais tempo para acrescentar a esses 60 segundos,

Pois, deixariam de ser 60 segundos...

O tempo, não somos nós que o fazemos, não o conseguimos manipular...

Devemos sim, saber usá-lo e aproveitá-lo...

Palavras

Palavras, 

Tantas, imensas, e...

Por vezes tão poucas...

Inúmeras palavras e naqueles momentos, nenhuma surge... 

Como pode num momento, um dicionário, se tornar n'o livro em branco? 

Palavras, 

Podem ser rosas, quando te acariciam...

Facas quando te espetam o coração de duras que as escrevem...

Armas? 

Flores? 

Para que? 

Temos as palavras...

À Noite Sem Ti...

É quando a noite cai, 

Que mais sinto a tua ausência... 

A magia que não fazemos, 

O amor é pura inexistência...

Os teus braços que não me envolvem, 

O teu corpo que não abraço... 

A cama vazia sem vida, 

A busca incansável por ti, 

É esse o motivo do meu cansaço...

A tristeza que a tua distância me presenteia,

O dia de amanhã que o meu ser anseia...

O terror de te perder, 

A incerteza de te vir a ter... 

...

Lágrima

Lágrima...

O meu rosto treme. 

Descendo por ele, 
uma lágrima. 

Pesada. 

Forte. 

Queimando na sua descida. 

Soltando de mim a tristeza acumulada. 

Alívio? 

Talvez. 

Por soltar a tristeza de mim. 

Desanimado?

Pois com ela, 
sais também tu mais um pouco de dentro de mim. 

Tento armazenar-te. 

Sofrer-te sem esquecer-te. 

A lágrima expulsa de dentro de mim, 
como sinal de partida. 

Devo deixar-te sair, 
voar, 
para que eu possa viver. 

Viver livre sem ti a prender o meu pensamento. 

O ardor da lágrima, 
estes centímetros de rosto, 

este seu pequeno trajecto que parece não ter fim. 

Lágrima salgada que desagua nos meus lábios,

recordando os beijos trocados.  

Lágrima inocente, 
pura e ardente. 

Escorres pelo meu rosto e tatuas a tua passagem na minha alma. 

Vai. 

Voa em direção à felicidade. 

Lágrima perdida, 
lágrima fugida, 
lágrima sofrida.

Nuno Miguel Miranda

http://facebook.com/parvoices.de.um.sonhador