quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Da-me tudo sem me dares nada...


Por vezes quero um pouco de silêncio...

Sossego...

Por vezes adoro a confusão...

Agitação...

Quero silêncio quando preciso de te ter em mim...

Pensar-te...

Imaginar-te ali a meu lado...

Aquela agitação, nos momentos em que me enches o pensamento...

Alturas em que me faz mal pensar em ti...

Preciso de ti perto mas longe...

Quero-te longe mas sempre perto...

Não te tenho aqui quando quero...

Estas aqui mesmo quando não preciso...

Da-me espaço...

Não fujas...

Abraça-me naqueles momentos...

Olha-me ao longe apenas...

Da-me tudo sem me dares nada...






domingo, 11 de setembro de 2011

O vazio em mim...



Aquele local...

Outrora cheio de vida...

O assobio do vento passava despercebido entre os cantos dos passaros...

Havia vida naquele cantinho perdido que chamei de porto de abrigo...

Cor, o arco-iris, passaros, peixes, sorrisos e tu...

Olho-o agora...

Vazio...

O cais irrecohecivel...

Abandonado...

O mar, calmo e assustador...

No céu, nada mais que o vento passeando lentamente spbre um manto cinza e frio...

Sento-me no cais, ou o que resta dele...

Nesse instante o tempo passa por mim a correr...

Sou um fragmento da vida...

Ali abandonado como tu, em tempos o meu refugio...

Por dentro de mim, nada mais existe agora que um vazio...

Não há vida...

Apenas eu, um traço de lapis a carvão numa folha branca por entre rabiscos de uma paisagem morta e adormecida...



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Não te quero chorar...


Quis chorar-te...

Tirar-te de mim...

Não o fiz...

Não quero que partas...

Não quero que saias...

És o sol que brilha em mim...

Se partes, fico sem cor...

O meu caminho ficaria incerto...

Como iria saber destinguir o dia da noite...

Iria estar perdido...

Não te quero chorar...

Não te quero ver partir...

Aguento a lágrima porque te quero aqui...






Eu, Tu, Nós...


beijo-te

acaricio o teu rosto

olho-te

recebo o teu toque


beijas-me

abraças-me

prendes-me a ti

pedes-me que fique


beijamo-nos

o teu corpo no meu

o meu rosto no teu peito

amamo-nos







Partiste...

Partiste sem olhar para trás...

A distância entre nós aumenta...

O vazio instala-se...

A tristeza abate-se e com ela trazendo as memórias dos tempos passados...

Pareço uma estatua...

Imovél sem saber que fazer...

Porque vais?

Porque não ficas?

Porque não vou atrás de ti...

Espero que pares, olhes para trás e...

Nada...

Observo-te enquanto desapareces no horizonte...

Parte de mim parte contigo...



Quero sorrir...

O sorriso que tinha foi-se...

As nuvens escondem agora o sol...

Preto e branco tomam conta do que antes era inundado pelo arco-iris...

O brilho no olhar, transforma-se em lágrima...

Rosto triste outrora alegre e vivo...

Até o mar se retrai...

A maré baixa, levando de mim as ondas, sabendo bem que preciso delas...

Abro um livro, as palavras parecem não existir...

Folhas brancas, apenas isso o que vejo...

Onde está a brisa que todos os dias me acarinhava o rosto, lembrando-me de ti...

Não é possivel que isto seja real...

Um sonho, nem pensar...

Quero acordar se assim for...

O sol...

As ondas do mar...

Arco-iris...

Quero isso tudo...

Quero sorrir...









o imenso mar...

A areia molhada...

Todos os dias...

Lá me passeio eu, nessa linha que nos divide...

A terra firme do infinito...

Ouço-te ao longe...

Beijas-me com o rebentar das ondas...

Salgas-me o corpo...

O teu toque é unico...

Quero entrar por ti...

Não invadir-te...

Sentir-me teu...

Navegar contigo...

Vejo-te brincar debaixo do calor intenso do sol...

Adormeces, tendo a lua como teu manto...