quarta-feira, 23 de maio de 2012

Escrevo...


Escrevo...

Escrevo,solto palavras,
liberto sentimentos,
reuno emoções...
Escrevo,
porque me apetece,
porquem me faz sentir bem,
porque adoro...
Escrevo,
em forma de poesia,
de quadras ou versos,
simples parvoices,
ou apenas textos...
Em cada palavra,
um pouco de mim,
um pouco do hoje,
do ontem e
o que poderia ser o amanhã...
Uma palavra,
um sentimento,
uma frase,
uma dor,
um texto,
um dia na minha vida...
Palvras,
que descrevem lágrimas,
lágrimas,
que fazem sair palavras...
Sorrisos,
descritos em palavras,
palavras que descrevem,
alguns sorrisos...
O vazio,
cheio de frases,
umas,
atrás das outras,
cheias de tudo,
falando do nada...
Um nada,
carregado de emoções,
em que todas as palavras,
não chegam para dizer tudo...

Escrevo,
porque as palavras devem ser livres,
as palavras são de todos...


Nuno Miguel Miranda 

domingo, 20 de maio de 2012

Uma noite...

O teu corpo,
libertava calor,
o meu,
ansiava pelo toque,
da tua pele na minha...
À nossa volta,
velas acesas,
decoravam o quarto...
A música suave.
quebrava o silêncio,
e alimentava mais a vontade do toque...
O perfume,
que veste o teu corpo,
espalha-se pelo ar,
deixando-me "drogado"
e desejando cada vez mais ter-te...
Quero-te...
Tocar-te,
beijar-te,
possuir-te...
Sentir o teu corpo em mim,
o teu calor,
fundir-se com o meu...
É um misto de tortura,
e excitação este jogo de sedução,
que se prolonga nestes poucos minutos,
que parecem intermináveis...

Nuno Miguel Miranda

sábado, 12 de maio de 2012

No chão, amei-te...


A noite era nossa...
Eu,
tu,
as velas,
a musica...
O desejo,
era o nosso alimento,
a loucura,
o nosso meio de transporte,
o prazer,
o nosso objectivo...
A intensidade no ar,
os nossos corpos,
desejavam o toque,
um do outro...
As tuas mãos no meu peito,
as minhas em ti...
O batimento cardiaco,
aumentava em cada toque,
em cada beijo,
em cada lambidela,
dentada ou abraço...
Devagarinho,
a nossa pele,
ficava mais exposta...
O teu peito,
sentia-o agora no meu...
O calor dos nossos corpos,
fundia-se em loucura...
O chão da sala,
foi por tempos,
a nossa nuvem,
que nos levou ao céu,
guiada pelo desejo...
À nossa volta,
apenas a luz das velas,
e o aroma do prazer no ar...
Amámo-nos sem pensar no tempo,
no lugar,
ou sequer pensar em parar...

Nuno Miguel Miranda




sexta-feira, 11 de maio de 2012

Desejo e Loucura...


As tuas palavras,
alimentam o desejo...
A tua loucura,
multiplica-se com a minha...
O calor,
cresce nas palavras,
aumenta no toque,
funde-se nos corpos...
Os corpos nus,
lado a lado,
frente a frente,
o meu e
o teu...
O teu peito,
encostado no meu,
o batimento do teu coração,
ganha novo ritmo,
convidando o meu,
para uma dança louca,
em que o prazer marca o ritmo...
Os meus braços envolvem-te,
percorrem cada curva do teu corpo...
As tuas unhas,
cravam-se em mim,
ao ritmo de cada suspiro...
Beijo-te...
Beijo o teu pescoço,
o teu peito...
A loucura,
é a nossa estrada,
o desejo,
o combustivel,
os corpos, 
o mapa,
o prazer,
o nosso destino...

Nuno Miguel Miranda

terça-feira, 8 de maio de 2012

Dor...

Aquela dor...
Que me atinge,
como um relâmpago
vindo do nada...
Uma chapada,
dada sem me tocares...
Aquela dor...
Que esperava vir,
de qualquer lado,
menos de ti...
Surpreendeste-me...
Adoro quando o fazes,
(adorava),
mas não desta maneira...
Dói...
E custa tanto,
sentir esta dor...
Uma dor que vem de dentro,
não passa com aspirinas,
ou outro pó milagroso inventado
para esse efeito...
Vou suportar esta dor,
ultrapassá-la...
E usá-la para me tornar mais forte...
Dói,
dói muito mesmo...
Mas como se dizia em criança,
e ainda hoje dizemos aos mais pequenos,
"O que arde cura"...
O que me magoa hoje,
me fará mais forte amanhã...
Hoje,
adormeço com esta dor no peito,
tal punhal tenho cravado em mim...
Punhal esse que tu cravaste...
Hoje,
será dificil adormecer,
mas irei conseguir e
amanhã irei acordar,
ainda com dor,
mas mais forte...

Nuno Miguel Miranda


domingo, 6 de maio de 2012

Não te vejo...


Falas-me...
Dizes um olá...
Sorris para mim,
por entre as palavras...
Trocamos ideias,
falamos banalidades...
O tempo,
uma musica,
uma noticia,
qualquer assunto serve...
Vez a minha foto,
eu não te vejo...

Conheces o meu rosto,
a ti, 
conheço a rosa que acaricia o teu rosto...

O teu toque,
sinto-o nas palavras...
O sorriso,
em cada linha...
O olhar,
mostras-mo em cada musica que partilhas...
A tua voz,
chega até mim,
em cada frase que controis...

Conheces-me,
E eu conheço-te...

Não importa não ver o teu sorriso,
o importante é senti-lo...

Nuno Miguel Miranda

(nós somos meras máscaras que vestem o verdadeiro "eu")

Nós, e a amizade...


Tu,
que és,
eras,
serás...
Não sei...
Quero que sejas,
o que foste ontem,
és hoje, 
e que sejas amanhã...
Quero,
o teu ombro,
a tua sombra,
a tua lágrima,
o teu riso,
o teu conelho...
Quero a tua amizade...

Nós,
que juntos chorámos,
rimos,
brincamos,
e até segredos partilhamos...

O que aconteceu?

Não encontro esse "nós",
que tanto me fazia bem...

Hoje,
vejo-te,
vejo-me,
mas não nos vejo...

Custa,
não ver o laço...
As sombras,
a caminharem lado a lado...
Os conselhos...
Os risos,
resultantes das confissões...
Custa muito,
pegar no telemovel e não te conseguir ligar,
quando preciso,
não receber a tua mensagem,
a tua chamada...

Amizade...
Aquela palavra tão grande, 
que tinha tanto significado,
e que se resumida a duas pessoas,
"nós"...

Agora,
essa mesma palavra,
só significa um vazio...

Faltas tu,
para o preencher...


Nuno Miguel Miranda

(a pedido de uma amiga, um texto sobre a amizade)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A beijar o Tejo...


Ali,
no velho Cais das Colunas,
beijado pelo Tejo,
observamos
o infinito...
As ondas,
que bailam livremente...
As gaivotas,
que dançam,
ao ritmo do vento...
O Sol,
escondido atrás das nuvens...
Ao longe,os cacilheiros,
interrompem por instantes,
o baile das ondas...
A noite aproxima-se,
na outra margem,
pequenas luzes
rasgam o manto negro,
que se abate sobre o rio... 
O Tejo,
prepara-se agora,
para momentos mais calmos,
em que as gaivotas não dançam...
Os barcos, 
não rasgam as ondas...
A lua no alto,
reclama agora o seu reino,
dando nova cor ao rio...
Nós,
ali sentados,
observamos o rio,
enquanto ele vive livremente,
até ao seu descanso mergulhando na noite...
O cais,
esse,
sempre beijando o rio,
dando-lhe os bons dias,
e as boas noites...


Nuno Miguel Miranda